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domingo, 18 de novembro de 2012

Perfil - Os Reformadores - John Wycliffe – (1320 -1384) ( Parte III)







           Tanto em seu “De Civili Domino” como no trabalho intitulado “ Determinatio Quaedam de Dominio”, Wycliffe explica que a igreja não deve se ocupar dos bens temporais e dessa maneira, como não poderia ser diferente, a nobreza inglesa deu excelente  acolhida a esse ensinamento, enquanto o clero privilegiado dava mostras crescentes de hostilidade. 

            Até aqui não havia um ataque direto ao sistema doutrinário da igreja romana, contudo, em 1377 o Arcebispo de Sudbury ordenou que Wycliffe se apresentasse diante do bispo de Londres para prestar esclarecimentos. O reformador se apresentou juntamente com seu protetor o Duque de Lancaster, Lord Percy, Marechal da Inglaterra, e quatro doutores, antes mesmo que Wycliffe abrisse a boca uma terrível discussão  foi iniciada entre seus protetores e o bispo Courtenay  fazendo com que a reunião terminasse de forma tumultuada antes mesmo de começar. 

            Em Maio do mesmo ano, o papa Gregório XI expediu para as altas instancias  da hierarquia inglesa, uma  bula que condenava 18 conclusões do tratado “ De Civili Dominio”. Segundo as determinações dessa bula a universidade de Oxford deveria enviar urgentemente Wycliffe  perante os dois grande prelados, Sudbury e Courtnay, que depois de examinar a veracidade das  acusações deveriam informar Roma. 

            Na verdade tudo era uma grande cilada para que Wycliffe terminasse preso, porém, nada disso aconteceu devido a inúmeras circunstancias: O Rei morreu no final de junho, os bispos demoraram para reagir e por fim, a universidade se negou a reconhecer o direito do Papa de ordenar a prisão de Wycliffe dentro da Inglaterra. 

Tradução livre feita por Allan Anthony da obra de Ricarno Cerni " Historia Del Protestantismo"- El estandarte de la verdad" 


sábado, 17 de novembro de 2012

Perfil - Os Reformadores - John Wycliffe – (1320 -1384) ( Parte II)



           



            No mesmo ano de sua mudança para Lutterworth, aproximadamente em 1374, Wycliffe foi enviado a Bruges como membro de uma comissão real designada para discutir com os delegados do papa a espinhosa questão das provisões e impostos que Roma exigia do povo inglês. Entre os Comuns haviam muitas reclamações devido as grandes somas de dinheiro que eram sacadas do país em benefício de Roma. Wycliffe, havia expressado anteriormente seu desgosto com a situação e por isso se tornou aos olhos do grupo político encabeçado por John of Gaunt, Duque de Lancaster  o parlamentar ideal para tratar dessa questão.

            As tratativas em Bruges se mostraram ineficientes e fracassadas, pois interessava ao rei conservar o sistema papal de impostos, entretanto quando Wycliffe retornou para a Inglaterra começou a dirigir severas criticas ao sistema eclesiástico estabelecido tanto em sua sede em Lutterworth como também em suas frequentes visitas a Londres, onde adquiriu extraordinária fama como pregador. É de suma importância notar que suas críticas não provinham de um principio, de diferenças doutrinárias e dogmáticas, mas sim de questões políticas e econômicas. O mais acertado é dizer que desde seu regresso de Bruges aumentou sua simpatia pela política anticurial que se desenrolou na Inglaterra desde a ascensão de Eduardo I ao trono inglês.

            No outono de 1376 Wycliffe lia aos seus alunos de Oxford seu tratado “De Civili Dominio”, que sem sombra de dúvida inspiraram os 140 artigos da lei apresentada pelo parlamento naquele mesmo ano, para corrigir os abusos eclesiásticos da  igreja romana.

            No trabalho em questão, Wycliffe mencionou pela primeira vez sua posição acerca da autoridade proporcionada pela retidão  no  que toca a possessão e  manutenção da propriedade por parte da igreja, dessa forma um clero quer não anda em retidão perde todos seus direitos de propriedade, recaindo então sobre o poder civil  a decisão de se  privar ou não tal clero de suas possessões.  Esse critério provinha da convicção de que toda autoridade é dada por Deus, de maneira que Deus nunca renunciaria sua soberania sobre as coisas. O homem deveria exercer seu senhorio por meio da retidão e, por consequência os ímpios perderiam seus direitos.


 Tradução livre feita por Allan Anthony da obra de Ricarno Cerni " Historia Del Protestantismo"- El estandarte de la verdad"

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Perfil - Os Reformadores - John Wycliffe – (1320 -1384) ( Parte I)




 

 

Primeiros Anos


            Nosso primeiro personagem nasceu  onde hoje  se encontra a cidadela de Hipswell  ( Yorkshire) e se  formou na faculdade Balliol de Oxford. Nós não sabemos quando foi ordenado sacerdote, porém o que se sabe é que já em 1361 peticionada à Corte Romana um canonicato e que isso foi concedido a igreja colegiada de Westbury-on-Trim.  Após terminar seus estudos em Oxford Wycliffe desempenhou de maneira impecável a função de professor de filosofia da mesma universidade. Ali adquiriu grande fama por sua habilidade sutileza nos debates acadêmicos, por consequência suas aulas eram uma das mais concorridas de toda  universidade.
            Em 1372 obteve  o   título de Doutor em Teologia e apenas dois anos mais tarde a Coroa  o apresentou como candidato a reitoria  de Lutherworth, cargo que obteve e conservou até sua morte. Wycliffe estava naquele tempo em sua plena maturidade, mas seu  labor reformador tomaria  forma apenas nos últimos dez anos de sua vida.



 Tradução livre feita por Allan Anthony da obra de Ricarno Cerni " Historia Del Protestantismo"- El estandarte de la verdad"

sábado, 3 de novembro de 2012

Evangelização - Tarefa Difícil e Urgente




 (Mateus 28.18-20)

Um teólogo ilustrando a urgência da tarefa evangelizadora imaginou uma cena muito curiosa: três diabos discutiam entre si sobre como atrapalhar a obra da Igreja de Cristo. Um disse: “Vamos dizer que não há inferno”; outro replicou: “Vamos dizer que não há céu”; finalmente o terceiro disse: “tudo está certo, mas não há pressa,
não há urgência”. Muitos cristãos ficaram assim convencidos.

A acomodação é grande obstáculo à tarefa da evangelização. Dificilmente encontraremos um cristão sincero que recuse anecessidade de evangelizar. Mas, iniciar essa obra e nela perseverar são os desafios. Consideremos alguns aspectos:

1. Ordem de Jesus Cristo Com a plenitude da autoridade que lhe foi dada pelo Pai, mostra a tarefa para Seus discípulos como um imperativo; Ele não sugere, mas ordena. Ele não convida para o trabalho, mas impõe “ide e fazei discípulos”.

2. Testemunho da Igreja Primitiva – (Atos 2.37-47,Is 1.2-3) – Não havia destaques a grandes oradores, mas ao tipo de vida dos seus membros, vida sólida que retratava obediência e temor diante de Deus. Evangelizar não é um período na vida da Igreja ou em nossa vida pessoal, mas uma forma de viver que atende ao Senhor. Quando os “não crentes” veem em nós a família de Deus, estão também sendo evangelizados; é mais marcante o que se vê e não o que se fala. Enquanto isso o Senhor vai acrescentando os salvos.

3. Testemunho dos lares dos crentes – (II Timóteo 1.5) – A solidez da Igreja é um reflexo da solidez dos lares. Lares crentes, pessoas crentes, esses é um alvo evangelístico: Marcos 5.19, Atos 13.1-4 (início da missão em Chipre, terra de Barnabé), Cl 4.15.

4. Urgência Temos boas novas que precisam ser compartilhadas, devemos responder ao amor de Deus com o nosso amor por Ele, é indispensável tratar essa tarefa como obrigação (I Co 9.16).

5. Participação fundamental do Espírito Santo nessa obra Leia Atos 2.1-13, Atos 13.1-4 – O que se diz a respeito da ação doEspírito Santo? O que fazia a Igreja? Como começou o evangelismo?

O que isso representa para cada um de nós?




Rev. Carlos Aranha Neto – Pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo