No
mesmo ano de sua mudança para Lutterworth, aproximadamente em 1374, Wycliffe
foi enviado a Bruges como membro de uma comissão real designada para discutir
com os delegados do papa a espinhosa questão das provisões e impostos que Roma
exigia do povo inglês. Entre os Comuns haviam muitas reclamações devido as
grandes somas de dinheiro que eram sacadas do país em benefício de Roma. Wycliffe, havia
expressado anteriormente seu desgosto com a situação e por isso se tornou aos
olhos do grupo político encabeçado por John of Gaunt, Duque de Lancaster o parlamentar ideal para tratar dessa
questão.
As tratativas em Bruges se mostraram
ineficientes e fracassadas, pois interessava ao rei conservar o sistema papal
de impostos, entretanto quando Wycliffe retornou para a Inglaterra começou a
dirigir severas criticas ao sistema eclesiástico estabelecido tanto em sua
sede em Lutterworth como também em suas frequentes visitas a Londres, onde
adquiriu extraordinária fama como pregador. É de suma importância notar que
suas críticas não provinham de um principio, de diferenças doutrinárias e
dogmáticas, mas sim de questões políticas e econômicas. O mais acertado é dizer que desde
seu regresso de Bruges aumentou sua simpatia pela política anticurial que se
desenrolou na Inglaterra desde a ascensão de Eduardo I ao trono inglês.
No outono de 1376 Wycliffe lia aos
seus alunos de Oxford seu tratado “De Civili Dominio”, que sem sombra de dúvida
inspiraram os 140 artigos da lei apresentada pelo parlamento naquele mesmo ano,
para corrigir os abusos eclesiásticos da
igreja romana.
No
trabalho em questão, Wycliffe mencionou pela primeira vez sua posição acerca da
autoridade proporcionada pela retidão
no que toca a possessão e manutenção da propriedade por parte da igreja,
dessa forma um clero quer não anda em retidão perde todos seus direitos de
propriedade, recaindo então sobre o poder civil
a decisão de se privar ou não tal
clero de suas possessões. Esse critério
provinha da convicção de que toda autoridade é dada por Deus, de maneira que
Deus nunca renunciaria sua soberania sobre as coisas. O homem deveria exercer seu
senhorio por meio da retidão e, por consequência os ímpios perderiam seus
direitos.
Tradução livre feita por Allan Anthony da obra de Ricarno Cerni " Historia Del Protestantismo"- El estandarte de la verdad"
Tradução livre feita por Allan Anthony da obra de Ricarno Cerni " Historia Del Protestantismo"- El estandarte de la verdad"
Nenhum comentário:
Postar um comentário